Como manter a segurança do paciente em casa durante quedas de energia elétrica
Em meio a problemas de energia, são necessários cuidados para manter o funcionamento de equipamentos e dispositivos em prol da segurança do paciente em casa. Veja quais.

Se as quedas e oscilações de energia já afetam a população geral — que enfrenta até aparelhos queimados por queda de energia —, o quadro é ainda mais crítico para pacientes de home care, que dependem de eletricidade para manter equipamentos funcionando.
Segundo o Relatório de Desempenho das Distribuidoras de Energia Elétrica em 2024, divulgado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), cada consumidor brasileiro enfrentou em média 4,89 interrupções no ano, somando 10,24 horas sem luz.
Como lidar com essa realidade em lares com ventiladores mecânicos, bombas de infusão, aspiradores de secreção, concentradores de oxigênio e tantos outros equipamentos que garantem a segurança do paciente em casa e não podem parar?
Por que quedas de energia representam um risco para o paciente em home care?
No atendimento domiciliar, diversos dispositivos dependem de energia elétrica para garantir a continuidade do tratamento. Quando há falha no fornecimento, vários problemas podem ocorrer, como os citados a seguir.
- Interrupção de terapias vitais: respiradores, CPAP (Pressão Positiva Contínua nas Vias Aéreas), BiPAP (Pressão Positiva em Duas Vias Aéreas) e outros aparelhos podem parar de funcionar de forma imediata, causando falta de suporte ventilatório e colocando a vida do paciente em risco. Esses dispositivos mantêm as vias respiratórias abertas e auxiliam na respiração de pacientes com insuficiência respiratória. Quando o funcionamento é interrompido, há risco de hipoxemia, condição em que o nível de oxigênio no sangue cai rapidamente, podendo levar a complicações graves em poucos minutos.
- Comprometimento da medicação: bombas de infusão programadas para liberar doses específicas deixam de operar, o que compromete a dosagem de antibióticos, analgésicos ou medicamentos de alta vigilância, com risco de efeitos adversos.
- Risco de aparelhos queimados por queda de energia: oscilações de energia podem danificar equipamentos sensíveis, gerando custos extras e atrasos na assistência. Isso ocorre especialmente quando não há nobreak ou filtro de energia.
- Armazenamento inadequado de medicamentos: insulinas, antibióticos e outros medicamentos que exigem refrigeração podem perder eficácia, comprometendo o tratamento e aumentando o risco de complicações.
Ou seja, o impacto de uma queda de energia vai além de prejuízos materiais como aparelhos queimados por queda de energia; trata-se de um risco direto à saúde e à vida do paciente.
O que fazer imediatamente em caso de queda de energia
Quando uma interrupção elétrica acontece, o tempo de resposta é essencial para garantir a segurança do paciente. Recomendamos os passos a seguir:
Mantenha a calma e priorize a segurança do paciente
O primeiro passo é verificar se o paciente está estável, seguro e recebendo o mínimo necessário de suporte vital. Durante uma queda de energia, a tranquilidade ajuda a tomar decisões corretas e rápidas, além de reduzir o estresse da família e dos cuidadores.
Use fontes alternativas de energia
Sempre que possível, opte por baterias reservas dos equipamentos, cilindros de oxigênio ou geradores disponíveis no domicílio. Nobreaks (fontes de alimentação ininterrupta) são essenciais para aparelhos vitais e devem estar carregados e em boas condições de uso.
Segundo recomendações dos órgãos reguladores de energia, todos os pacientes em home care devem dispor de nobreaks adequados para manter ventilação, infusões e outros tratamentos críticos durante falhas de energia.
Acione a equipe de home care e a concessionária
Entre em contato com a equipe da Home Doctor, ou de outra empresa de home care que presta atendimento ao paciente, para receber orientações sobre como manter o paciente seguro e quais equipamentos devem ser priorizados.
Simultaneamente, registre a ocorrência junto à concessionária de energia e anote o protocolo de atendimento. Pacientes cadastrados como “cliente vital” têm prioridade no restabelecimento da energia, conforme regulamentação da ANEEL na Resolução Normativa nº 414/2010.
Monitore continuamente
Enquanto aguarda o retorno da energia, verifique os sinais vitais do paciente e mantenha um registro atualizado de quaisquer alterações. Esse acompanhamento é fundamental para que a equipe de saúde possa atuar rapidamente em caso de emergência.
Medidas preventivas para reduzir riscos no home care
Prevenir é sempre mais seguro do que reagir. Mas quais são as principais medidas para garantir que a segurança do paciente em casa não seja comprometida?
Planejamento energético e uso de nobreaks:
- cadastro do paciente junto à distribuidora de energia como cliente vital, apresentando laudo médico que comprove a necessidade do uso contínuo de equipamentos de saúde. Esse cadastro garante prioridade no restabelecimento da energia em caso de queda;
- avaliação, junto à equipe de home care, a necessidade de geradores ou nobreaks adicionais para equipamentos críticos;
- o uso de nobreaks para manter ventilação e outros tratamentos essenciais durante falhas de energia. A recomendação é dos órgãos reguladores de energia.
Aparelhos queimados por queda de energia? Evite mantendo-os em boas condições com:
- realização da manutenção periódica de cabos, fios e conexões;
- uso de protetores de energia e filtros de linha adequados, que evitam sobrecarga e danificações em equipamentos sensíveis;
- inspeção regular de dispositivos médicos para identificar sinais de desgaste, aquecimento ou mau funcionamento, prevenindo acidentes elétricos.
Backup com baterias e cilindros de oxigênio:
- manutenção de fontes alternativas de energia e de oxigênio, como backups, sempre carregadas e prontas para uso imediato, para que garantam o funcionamento de equipamentos vitais durante quedas de energia;
- realização de testes regulares dos backups. As baterias fornecem autonomia temporária para aparelhos elétricos, enquanto os cilindros de oxigênio asseguram ventilação contínua quando concentradores ou respiradores param de funcionar.
Treinamento da família e cuidadores:
- todos devem saber como agir em caso de falha elétrica e como operar manualmente os dispositivos médicos, se necessário;
- também é importante simular situações de emergência para que a família esteja preparada e confiante em caso de interrupções prolongadas.
Organização do espaço domiciliar:
- manutenção de lanternas, pilhas e equipamentos de backup em locais de fácil acesso;
- evitar sobrecarregar tomadas conectando múltiplos equipamentos vitais no mesmo ponto.
Direitos do paciente em home care junto às distribuidoras de energia
Pacientes que utilizam equipamentos vitais devem se cadastrar na concessionária de energia, apresentando um laudo médico que comprove a necessidade de uso contínuo desses dispositivos. Esse cadastro, conhecido como “cliente vital”, garante prioridade no restabelecimento da energia em caso de interrupções, conforme estabelece a Resolução Normativa nº 414/2010 da ANEEL.
Além disso, a distribuidora tem a obrigação de informar previamente qualquer desligamento programado que possa afetar o paciente, permitindo que a família e a equipe de saúde se preparem adequadamente.
Caso um equipamento seja danificado ou queimado em decorrência de uma queda de energia, o consumidor tem o direito de solicitar ressarcimento à concessionária, fornecendo informações detalhadas, como número da unidade consumidora, data e hora do incidente, marca e modelo do aparelho, além da nota fiscal, conforme os direitos previstos pela ANEEL – Direitos e Deveres do Consumidor de Energia Elétrica.
Nesses casos, é importante destacar que a solicitação também pode incluir aparelhos queimados por queda de energia utilizados no home care, pois são essenciais para a manutenção da vida do paciente.
Por fim, a legislação brasileira assegura que, em situações de inadimplência, não pode haver corte de energia elétrica para pacientes que dependam de equipamentos vitais. Ela garante que o direito à vida e à saúde prevaleça sobre interesses econômicos da distribuidora, conforme consta no art. 172 da Resolução nº 414/2010 da ANEEL.
Como a Home Doctor atua para garantir a segurança do paciente em casa
A Home Doctor, especialista em atenção domiciliar, segue protocolos rigorosos para assegurar cuidado seguro e contínuo:
- avaliação de risco individualizada: identifica situações críticas como risco de queda de energia e é reavaliada periodicamente;
- prescrição e administração monitorada de medicamentos: via Centro de Atenção à Prescrição (CAP), garantindo maior segurança farmacológica;
- medicamentos de alta vigilância: enviados com sinalização específica e cuidados extras de transporte e administração;
- suporte técnico e orientação familiar: equipe de enfermagem preparada para emergências elétricas;
- processos rastreáveis: entregas de medicamentos e equipamentos seguem protocolos de segurança e georreferenciamento.
Essas medidas reforçam o compromisso da Home Doctor com a segurança do paciente em casa, mesmo diante de situações inesperadas.
O papel da família no cuidado com o paciente durante quedas de energia
A participação da família e dos cuidadores é fundamental. Algumas ações ajudam a garantir a continuidade do cuidado, entre elas:
- conhecer todos os equipamentos e seu funcionamento;
- testar periodicamente os recursos de backup e baterias;
- manter contato atualizado com a equipe Home Doctor e a concessionária de energia;
- criar um plano de contingência familiar para emergências, definindo responsabilidades claras para cada membro;
- simular situações de queda de energia para treinar a reação e reduzir riscos.
Estar preparado faz toda a diferença
Quedas de energia são imprevistos comuns, mas podem gerar riscos graves para pacientes em home care. Planejamento, prevenção e suporte especializado são indispensáveis para garantir a segurança do paciente em casa.
A Home Doctor, com mais de 30 anos de experiência, oferece protocolos de segurança, tecnologia e apoio humano para que cada paciente receba cuidados de excelência, mesmo diante de situações adversas. Estar preparado significa antecipar problemas, manter equipamentos em boas condições e contar com orientação especializada sempre que necessário.
Manter a segurança do paciente em casa é uma responsabilidade compartilhada entre equipe de saúde, família e concessionária de energia e, com planejamento, é possível enfrentar qualquer imprevisto com confiança.