O que é segurança do paciente e por que precisamos falar sobre isso

O movimento pela segurança do paciente está cada vez mais forte no Brasil e no mundo. Entenda sua importância em todos os níveis de atenção à saúde.

18 de abril de 2024
29 de abril de 2024
Home Doctor
6 minutos para ler
O que é segurança do paciente e por que precisamos falar sobre isso

Segurança do paciente é um termo que se refere a toda uma estrutura de procedimentos, comportamentos, tecnologias e ambientes voltados para reduzir a ocorrência de lesões e danos em pacientes passando por tratamento em clínicas, hospitais, atenção domiciliar e outros locais de atenção à saúde.

Ao longo da história, o avanço dos conhecimentos científicos foi tornando o cuidado à saúde mais complexo e efetivo, mas também mais potencialmente perigoso. Equívocos na dosagem de medicamentos, infecções hospitalares, úlceras por pressão em pessoas acamadas e transfusões inseguras de sangue são ocorrências que causam preocupação nesse sentido.

É importante frisar que a maioria não decorre de erros de uma pessoa ou de um grupo de profissionais específico, mas sim de falhas nos processos de determinada unidade de saúde.

Dados divulgados em setembro de 2023 pela Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que um em cada dez pacientes é prejudicado durante cuidados de saúde e mais de 3 milhões de pessoas morrem anualmente por erros médicos – a situação é pior nos países em desenvolvimento. Segundo a organização, a maioria desses danos poderia ser evitada com a adoção de protocolos mais seguros.

Como esse movimento começou

O termo segurança do paciente começou a ganhar força nos Estados Unidos no fim do século passado, quando um levantamento realizado pelo Instituto de Medicina do país constatou que haviam morrido mais pessoas por incidentes causados durante a assistência hospitalar do que por acidentes automobilísticos, câncer da mama e HIV/AIDS.

A partir daí, o movimento em busca de prevenir e reduzir a incidência de eventos adversos nos atendimentos hospitalares cresceu e, em 2004, a OMS criou a Aliança Mundial para a Segurança do Paciente, visando organizar os conceitos e as definições sobre segurança do paciente. Em 2013, foi a vez do Ministério da Saúde brasileiro lançar o Programa Nacional de Segurança do Paciente.

A OMS também criou o Dia Mundial da Segurança do Paciente, celebrado em 17 de setembro – nessa data, são lançadas anualmente campanhas sobre o tema. Em 2023, com o slogan “Elevar a voz dos pacientes!”, a intenção era aumentar a consciência sobre a participação ativa dos pacientes, familiares e cuidadores em todo o processo; envolver decisões de gestores, profissionais da saúde e assistentes sociais na implementação de práticas de segurança e defender ações sobre o envolvimento dos pacientes na tomada de decisões.

Protocolos básicos de segurança do paciente

A OMS define protocolos de segurança para seis situações principais como ponto de partida para constituir um atendimento seguro em saúde nos mais diversos âmbitos. São eles:

  • Identificação do paciente: erros nesse sentido podem ocorrer principalmente em situações delicadas, como quando o paciente não está consciente e é preciso fazer mudanças de leito ou setor dentro da instituição de saúde. Eles podem ser evitados com ações como uso de pulseiras e etiquetas e conferências constantes.
  • Higiene das mãos: é importante limpar as mãos com sabonete e preparação alcoólica em vários momentos do fluxo de cuidado com o paciente para prevenir a transmissão de microorganismos e controlar infecções.
  • Prevenção de quedas: a hospitalização aumenta o risco de queda, pois os pacientes se encontram em ambientes que não lhes são familiares e muitas vezes são portadores de doenças que predispõem incidentes assim. Por isso, é preciso implementar medidas que contemplem a avaliação de risco do paciente e o cuidado multiprofissional para reduzir as quedas.
  • Cirurgia segura: o protocolo traz medidas para reduzir a ocorrência de incidentes e eventos adversos e a mortalidade durante cirurgias por meio do uso da Lista de Verificação de Cirurgia Segura, desenvolvida pela OMS.
  • Prevenção de úlceras por pressão: uma das consequências mais comuns em longas permanências em hospitais é o aparecimento de alterações de pele, o que pode causar o prolongamento de internações, riscos de infecção e outras consequências negativas. A OMS estabelece medidas para avaliar o risco e evitar as úlceras e outras lesões de pele.
  • Segurança na prescrição, uso e administração de medicamentos: estima-se que os erros com medicações em hospitais provoquem mais de 7.000 mortes por ano nos EUA (não existem estatísticas do Brasil). Por isso, a OMS propõe uma série de medidas para tentar evitar a incidência de falhas desse tipo.

Abril é o mês da segurança do paciente no Brasil

Desde o lançamento do Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP) do Ministério da Saúde, abril foi o mês escolhido para ampliação das discussões sobre as ações voltadas para a melhoria da segurança do paciente no país. O objetivo é compartilhar os conhecimentos e práticas realizadas pelas instituições – em 2024, a temática é “Comunicação e Trabalho em Equipe”.

E claro que a Home Doctor não poderia ficar de fora: este mês, preparamos uma série de treinamentos, encontros e materiais sobre o tema para nosso time interno.

Sobre a Home Doctor

Empresa brasileira pioneira em Atenção Domiciliar (Home Care), com 30 anos de atuação, a Home Doctor apoia todas as iniciativas referentes à segurança do paciente e orienta seus profissionais a adotarem os protocolos recomendados para tratamentos eficientes e seguros. A empresa possui inclusive o selo de qualidade Internacional Qmentum™, uma metodologia que orienta e monitora padrões de alta performance em qualidade e segurança na área de saúde.

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