Entenda como funciona o serviço de atendimento oftalmológico para pacientes em Home Care

O serviço de atendimento oftalmológico é fundamental para os pacientes em atenção domiciliar. Veja como garantir este cuidado valioso na prática.

7 de agosto de 2025
Home Doctor
8 minutos para ler
Entenda como funciona o serviço de atendimento oftalmológico para pacientes em Home Care

Sim, é possível que pacientes em atenção domiciliar tenham atendimento oftalmológico em casa. Veja como funciona na prática.

Com os avanços tecnológicos na área da saúde, muitos exames que antes exigiam deslocamentos até clínicas ou hospitais agora podem ser feitos no conforto de casa. A oftalmologia é uma das especialidades que mais evoluíram nesse aspecto. Para entender como funciona o atendimento oftalmológico em casa, entrevistamos Marta Sartori, médica oftalmologista diretora da clínica VIZARTH.

Ao longo da conversa, ela explicou os principais exames que podem ser realizados em casa, quem mais se beneficia desse serviço e como ele contribui para o envelhecimento saudável e a prevenção de doenças oculares graves. Veja a seguir.

HD: Como a oftalmologia tem se adaptado ao atendimento oftalmológico em casa, especialmente com o avanço das tecnologias portáteis e da telemedicina?

Marta Sartori:

A oftalmologia é uma especialidade muito dependente de equipamentos. Sem eles, a gente não consegue examinar adequadamente o paciente. Por muito tempo, isso dificultou a oftalmologia em casa, porque a maioria dos aparelhos eram grandes, pesados, de difícil transporte.

Mas hoje, com o avanço das tecnologias portáteis e da telemedicina, temos equipamentos mais compactos e eficazes, que permitem fazer uma série de exames em casa com excelente qualidade. Inclusive, muitos desses aparelhos já eram usados em crianças para tornar o exame menos assustador — e acabaram se mostrando ideais, também, para o atendimento domiciliar.

Além disso, ainda que a avaliação inicial exija a presença do médico, muitos exames de acompanhamento podem ser realizados por técnicos especializados, que captam imagens e dados para análise remota do oftalmologista. Ou seja, a oftalmologia tem se adaptado muito bem a essa nova realidade.

HD: Na sua experiência, quais perfis de pacientes mais se beneficiam da oftalmologia em casa?

Marta Sartori:

Pacientes com dificuldade de locomoção são os que mais se beneficiam. Idosos, acamados, pessoas que precisam de acompanhante ou que têm alguma condição crônica que dificulta o deslocamento, como AVC, Alzheimer ou outras limitações cognitivas.

Além disso, há casos em que o ambiente doméstico proporciona mais tranquilidade, como em pacientes ansiosos ou crianças. Isso faz com que o exame seja mais eficaz e confortável.

Vale destacar que o atendimento domiciliar também favorece a continuidade do cuidado, especialmente em doenças crônicas como o glaucoma, que exige monitoramento frequente.

HD: Alguns exames são indicados para mapeamento de retina, como tomografia de mácula (OCT) e campimetria computadorizada. Como eles podem ser feitos em casa e o que mostram?

Marta Sartori:

A campimetria computadorizada avalia o campo visual e é fundamental no diagnóstico e controle do glaucoma. Hoje, conseguimos realizá-la com equipamentos portáteis, usando óculos de realidade virtual. O paciente fica sentado, em casa mesmo, apertando um botão conforme vê as luzes, de forma confortável e segura.

Já a tomografia de coerência óptica (OCT) permite visualizar cortes da retina em alta definição. É um exame essencial para diagnosticar doenças como a retinopatia diabética e a degeneração macular. O nome pode assustar, mas é um equipamento pequeno, de uso rápido, indolor e perfeitamente viável no domicílio.

HD: Os exames citados acima auxiliam no diagnóstico precoce de doenças como glaucoma e retinopatia diabética? Todos esses exames podem ser realizados no atendimento oftalmológico em casa?

Marta Sartori:

Sim, todos esses exames podem ser feitos em casa com precisão, desde que realizados com equipamentos validados e profissionais capacitados. O que muda é o local, não a qualidade.

Esses exames são essenciais para o diagnóstico precoce e o acompanhamento de doenças silenciosas como glaucoma e retinopatia diabética. Quando feitos regularmente, eles ajudam a evitar a progressão dessas condições, que podem levar à cegueira.

HD: A retinopatia diabética é uma complicação silenciosa e progressiva. Qual a importância do rastreamento domiciliar para pacientes com diabetes?

Marta Sartori:

É fundamental. O diabetes afeta vasos sanguíneos de todo o corpo, incluindo os da retina. Muitas vezes, a retinopatia começa sem sintomas e, quando a pessoa percebe a perda de visão, já há comprometimento grave.

Com o mapeamento de retina e a tomografia, conseguimos identificar alterações antes mesmo de o paciente notar qualquer sintoma. Isso permite intervir mais cedo e, muitas vezes, evitar complicações graves. O atendimento em casa torna esse rastreamento mais acessível e frequente, o que é crucial para quem vive com diabetes.

HD: Há riscos ou limitações clínicas em realizar exames oftalmológicos em casa? Em que casos ainda é indispensável o atendimento em consultório ou hospital?

Marta Sartori:

A maioria deles pode ser feita em casa com segurança, mas há exceções. Alguns exames invasivos, como a angiofluoresceinografia, por exemplo, que exige injeção de contraste na veia, só podem ser feitos em ambiente hospitalar, com suporte para eventuais reações alérgicas.

Também há situações em que o paciente precisa de sedação, como em crianças pequenas ou pessoas com alteração cognitiva severa, o que inviabiliza o atendimento domiciliar. Mas, para avaliação inicial, acompanhamento de doenças crônicas e exames de rastreamento, a oftalmologia em casa é plenamente viável e segura.

HD: O que o(a) cuidador(a) ou familiar precisa saber para garantir que o atendimento oftalmológico em casa seja seguro, confortável e eficiente?

Marta Sartori:

Primeiro, é importante organizar o espaço para que o paciente fique confortável e o profissional tenha onde posicionar os equipamentos. Em alguns exames, o paciente precisa estar recostado ou com a cabeça bem posicionada, então uma almofada ou um apoio pode ajudar muito.

Outro ponto é que o cuidador ou familiar precisa informar com antecedência o diagnóstico do paciente, os medicamentos em uso e eventuais alergias. Se for necessário dilatar a pupila, por exemplo, é bom que o paciente esteja disponível por, pelo menos, 45 minutos, pois o colírio precisa de tempo para fazer efeito.

Essas orientações são sempre enviadas antes da visita. O objetivo é garantir um exame tranquilo, sem surpresas, respeitando o ritmo do paciente.

HD: Na sua visão, qual o impacto da oftalmologia em casa para o envelhecimento saudável e a qualidade de vida dos pacientes?

Marta Sartori:

Enxergar bem é essencial para o envelhecimento com qualidade. Muita gente acha que perder a visão faz parte da velhice, mas não é verdade. O olho foi feito para durar a vida inteira e, hoje, temos tecnologia para isso.

Com exames regulares e tratamento precoce, podemos preservar a visão mesmo em casos graves. E mais: conseguimos prevenir doenças antes que causem danos. Isso mantém o paciente mais autônomo, ativo, confiante e com mais qualidade de vida.

Como a Home Doctor pode apoiar os pacientes em Home Care com atendimento oftalmológico?

A Home Doctor oferece um amplo portfólio de exames oftalmológicos realizados no domicílio, com profissionais especializados e equipamentos de alta precisão. Entre os serviços disponíveis estão:

Esse serviço é ideal para idosos, pacientes acamados ou em reabilitação, pessoas com deficiência, pacientes com diabetes, glaucoma ou outras condições que exigem acompanhamento contínuo.

Com o atendimento domiciliar, a Home Doctor promove conforto, prevenção e cuidado de excelência, sem que o paciente precise sair de casa.

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