Como tornar a casa do paciente em home care um ambiente seguro

Para evitar contaminações e infecções, os ambientes domiciliares devem ser preparados pensando na segurança do paciente. Entenda como fazer isso.

25 de janeiro de 2024
Home Doctor
6 minutos para ler
Como tornar a casa do paciente em home care um ambiente seguro

São muitos os tipos de pacientes que podem receber tratamento cotidiano de saúde em casa. Seja em casos de pós-cirúrgico ou de rotina de medicação intravenosa, seja em doenças e quadros clínicos que pedem equipamentos de suporte à vida (cardíacos ou pulmonares, por exemplo).

E está cada vez mais acessível essa modalidade de tratamento. A Atenção Domiciliar, mais conhecida como Home Care, tem trazido muitos benefícios ao paciente e suas famílias, em casos em que a hospitalização não é mais necessária, mas uma rotina de cuidados profissionais continua sendo fundamental.

Uma parte importante desses pacientes em atendimento domiciliar são pessoas com pouca mobilidade, em idade avançada ou em protocolos de cuidados intensivos. Em todos os casos, mas nesses em especial, garantir a segurança do paciente depende não só de uma empresa especializada em home care, mas também de ambiente domiciliar adequado.

A palavra de ordem aqui é mitigar risco de acidentes. Algumas medidas comuns com esse objetivo são: retirar ou substituir itens que possam causar quedas, como tapetes e móveis, melhorar a iluminação dos ambientes, instalar barras de apoio em banheiros e escadas, colocar fitas antiderrapantes em locais com piso escorregadio, etc. Todas essas adaptações de ambientes ajudam a garantir a segurança do paciente em casa.

A avaliação do domicílio desempenha um papel fundamental na identificação de potenciais riscos ao atendimento domiciliar. A equipe da Home Doctor realiza uma análise dos pontos cruciais, destacando possíveis fragilidades e sugerindo, quando necessário, adaptações que garantam um ambiente seguro e adequado às necessidades de cada paciente. Confira dicas gerais para adequar cada ambiente ao tratamento ou internação domiciliar. Importante notar que cada residência deve ser avaliada em sua particularidade para se chegar ao plano de adaptações adequado.

Quarto

Deve ser um ambiente tranquilo e seguro para o paciente repousar. A cama deve estar a uma altura confortável para que a pessoa possa subir e descer sem dificuldades. Os pertences mais usados precisam estar acessíveis e os armários e gavetas, fáceis de abrir. Móveis, fios soltos e tapetes devem estar fora do percurso em que as pessoas vão transitar com frequência. A iluminação deve estar adequada a cada momento do dia, principalmente à noite, quando deve haver luz suficiente para que o paciente possa se localizar. Cortinas pesadas também devem ser evitadas, pois elas bloqueiam a entrada da luz natural e também dificultam a ventilação do ambiente. Um cômodo mal ventilado tem mais chances de ficar úmido e com mofo, o que pode ser prejudicial para pacientes que precisam se recuperar. Além disso, um ambiente bem iluminado e com boa circulação de ar traz saúde e bem-estar para os pacientes que estão em casa.

Sala de estar

Um cômodo compartilhado por muitas pessoas da casa pode ter móveis, objetos de decoração, fios de aparelhos eletrônicos e outros obstáculos que dificultam o deslocamento de pessoas com menor mobilidade, equilíbrio ou em tratamento de saúde. O correto é evitar tapetes soltos e móveis baixos em áreas de passagem, e evitar também ficar mudando móveis e itens de lugar na sala.

O sofá, cadeira ou poltrona mais utilizada pelo paciente deve estar em uma altura confortável para que ele possa sentar e levantar com facilidade, de preferência com apoio de braço. As áreas de passagem devem ficar livres – para isso, os fios e extensões de eletricidade devem estar sempre afixados em chão e paredes.

Banheiro

Um lugar que acumula mais umidade e pode se tornar escorregadio. Como é uma área que costuma ter menor circulação, os riscos e também os acidentes podem demorar mais a ser notados. Por isso, mantenha o chão sempre seco. Tapetes ou panos não devem ficar soltos e, se precisar usá-los, opte pelos antiderrapantes. Evite banheiras. Revise a altura do vaso sanitário para que possa ser usado pelo paciente de forma confortável. Existem assentos removíveis que podem adequar a altura do vaso para que se tornem mais seguros.

Instale barras de apoio nas paredes próximas ao vaso sanitário e ao chuveiro, se for possível. A iluminação deve ser adequada e os itens de higiene, como sabonete, papel higiênico, xampu e creme devem estar em locais de fácil acesso.

Cozinha

É um dos principais locais da casa e com risco alto por conta de acesso a armários e gavetas, itens pesados e pontiagudos. Adaptações na organização e nos móveis costumam ser importantes para aumentar a segurança do paciente.

Os utensílios mais usados no dia a dia devem estar guardados em lugares acessíveis – nada muito alto ou baixo. Evite estocar alimentos ou guardar louças em lugares de difícil acesso – fundos de armário ou sobre armários, por exemplo. Caso um líquido tenha sido derrubado no chão, é preciso limpar imediatamente. A iluminação deve ser boa o suficiente para o paciente enxergar, mesmo à noite, e, se houver tapetes, eles não devem ficar soltos no chão.

Veja mais esse check-list de outros detalhes que merecem atenção:

  • Evite produtos de limpeza que deixem o chão escorregadio, inclusive cera.
  • Não sobrecarregue as tomadas.
  • Tenha certeza de que as fechaduras possam abrir as portas por dentro e por fora.
  • Sempre que possível, instale corrimão e antiderrapante nas escadas e rampas. Muito cuidado com desníveis nos pisos.
  • Mantenha o telefone – seja residencial ou celular – em local acessível ao paciente.

É fundamental, ainda, que a família e os cuidadores da pessoa que está em home care estejam sempre presentes e atentos às suas necessidades. Inclusive, devem estar orientados sobre o que fazer em intercorrências clínicas, seguindo as orientações da empresa de home care.

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