Como funciona a desospitalização e quando ela é indicada

Para melhorar o bem-estar e a qualidade de vida dos pacientes, é importante conhecer o processo e o protocolo de desospitalização. Veja como funciona.

18 de janeiro de 2024
25 de janeiro de 2024
Home Doctor
5 minutos para ler
Como funciona a desospitalização e quando ela é indicada

Como funciona a desospitalização e quando ela é indicada?

A desospitalização é a transferência de pacientes que estão em unidades hospitalares para suas próprias casas, onde vão seguir recebendo cuidados de saúde no formato mais conhecido como Home Care – ou Atendimento Domiciliar (AD), em português. É uma estratégia para garantir a continuidade do tratamento e a recuperação da autonomia do paciente. É uma alternativa muito bem-vinda para pacientes que estão hospitalizados por tempo estendido, e que sentem falta da rotina de casa, e de serem cuidados em seu ambiente familiar.

Protocolo de desospitalização

Embora receber cuidados de saúde em casa seja um desejo de muitas famílias, é importante notar que há protocolos estabelecidos para definir se uma pessoa está apta para a transferência, já que a segurança do paciente está sempre em primeiro plano.

Para continuar em domicílio o tratamento que começou no hospital, é preciso que o paciente tenha estabilidade clínica e que haja indicação médica – e é o médico que aponta quais os cuidados necessários para cada paciente antes, durante e depois do processo de desospitalização.

O passo seguinte é uma avaliação da empresa que vai prestar o serviço de home care, ou do Sistema Único de Saúde (SUS), para confirmar se os procedimentos indicados pelo médico poderão ser realizados em casa, e quais serão as práticas que vão dar continuidade ao tratamento. Para poder receber cuidados de Atenção Domiciliar, é preciso que sejam atendidos critérios clínicos, sociais e logísticos.

Quer saber como funciona a oferta de serviços de home care pelos planos de saúde e pelo SUS? Veja aqui como funciona.

Confira alguns dos critérios que são indicadores de desospitalização:

1. Clínicos

  • Indicação de um médico por escrito
  • Estar clinicamente estável

2. Sociais

  • Ter um cuidador 24 horas disponível na casa do paciente, seja alguém contratado ou um familiar
  • Que o domicílio tenha condições mínimas para a permanência de uma pessoa com necessidade de cuidados de saúde, como um ambiente limpo e arejado, rede elétrica instalada e acesso para ambulâncias

3. Logística

  • Estar na área de atendimento coberta pelo SUS ou pela empresa que vai prestar o atendimento em casa.

Uma desospitalização segura traz benefícios importantes para o paciente e sua família

  • Estar mais perto de familiares e pessoas queridas pode ser fator fundamental na recuperação de muitas doenças.
  • Estimular o paciente a desenvolver habilidades para ganhar independência em algumas atividades. Cumprir pequenas tarefas de autocuidado pode ser muito revigorante e satisfatório para quem dependeu de cuidado especializado por longo tempo.
  • Possibilitar ao paciente conviver com uma doença crônica ou tratamento em um ambiente familiar, mais acolhedor e pessoal que o hospital, e ter maior poder de escolha sobre sua rotina. Em ciclos de terapias injetáveis, por exemplo, ou necessidade de troca de curativos frequentes, estar em casa pode melhorar o bem-estar de quem precisa de cuidados.

Uma desospitalização segura beneficia também o sistema de saúde como um todo

O aumento do número de pacientes em home care, ou atenção domiciliar, contribui para a redução na taxa de ocupação de leitos hospitalares, o que é um grande ganho para regiões que sofrem com a falta de vagas para internação.

Segundo o Ministério da Saúde, no livro Desospitalização: reflexões para o cuidado em saúde e atuação multiprofissional, a desospitalização pode ser aplicada em “diversas populações, como adultos com doenças crônicas não-transmissíveis, crianças e adolescentes, além de usuários em cuidados paliativos”. Por isso, é preciso uma equipe multidisciplinar “que trabalhe de forma coordenada e em rede”.

Como funciona a rotina de quem saiu do hospital e passou a ser cuidado em casa?

Em qualquer atendimento de saúde em casa, o dia a dia do atendimento deve ser personalizado. Cada paciente recebe um plano de atenção domiciliar voltado exatamente para suas necessidades.

Nesses casos, o paciente tem acesso a uma equipe multidisciplinar, que pode administrar medicações, fazer curativos, fono ou fisioterapia, consultas médicas, gestão de equipamentos de suporte à vida (como monitorador cardíaco e ventilador pulmonar), e acompanhar o atendimento de outras condições clínicas.

Então, técnicos de enfermagem, médicos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, nutricionistas, psicólogos, entre outras especialidades, poderão fazer parte dessa continuidade de tratamento em casa. E eles se somam ao cuidador do paciente que está em casa, que fica a cargo de atividades não técnicas, como a de higiene e alimentação, por exemplo.

“A maioria dos pacientes em Atenção Domiciliar tem como origem o hospital. Com nossos serviços, é possível dar continuidade ao tratamento de acordo com a necessidade técnica de cada um deles”, afirma a médica Priscila Melnik, Gerente de Captação Nacional da Home Doctor, empresa pioneira na modalidade e que tem uma equipe com multiprofissionais composta por médicos, enfermeiros, psicólogos, nutricionistas, fisioterapeutas e fonoaudiólogos.

Compartilhe com sua rede:

Deixe um comentário:

Assine a nossa newsletter!

    Acompanhe a gente nas redes sociais