Desnutrição em idosos: como identificar sinais e o que fazer para prevenir
A desnutrição em idosos é uma situação crítica que precisa de muita atenção. Por isso, é importante identificar os sintomas desse problema e saber como prevenir.

Com o envelhecimento, o corpo sofre transformações intensas. Além do aparecimento de rugas, a maturidade traz consigo alguns problemas, como a mobilidade comprometida, dificuldade para dormir, dores nas articulações, falhas na memória e mudanças no paladar e apetite. E essa diminuição do apetite, aliada à dificuldade de mastigar pela perda dos dentes ou dificuldade de engolir, podem impulsionar um quadro de desnutrição.
É importante olhar para esse problema com cuidado, afinal, a desnutrição preocupa especialistas. Entre 2000 e 2021, foram registradas 93.868 mortes de idosos causadas por desnutrição no Brasil, segundo dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde.
A seguir, entenda o que é a desnutrição, como ela afeta idosos, seus principais sinais e formas de prevenção.
O que é a desnutrição?
A desnutrição ocorre quando uma pessoa não recebe a quantidade adequada de nutrientes necessários para o corpo funcionar corretamente. Quando ela acontece, há uma série de fatores envolvidos, como um desequilíbrio de proteínas, calorias e outras vitaminas essenciais que o corpo necessita diariamente.
A desnutrição não é apenas a baixa ingestão de calorias, mas também de proteínas. No longo prazo, ela pode levar à perda de massa muscular – e isso afeta diretamente a mobilidade e qualidade de vida dos idosos, que passam a ter dificuldades para executar atividades simples, como se levantar e caminhar, aumentando também o risco de quedas e fraturas —, problemas cognitivos e até a morte.
Desnutrição em idosos: quais são as causas
A desnutrição em idosos pode ser causada por diversos fatores, como problemas na dentição, deglutição e perda de apetite, sinais comuns do envelhecimento.
Outros fatores de risco incluem depressão, demência, doenças crônicas e falta de acesso a alimentos com a qualidade nutricional ideal, causado por insegurança alimentar (vulnerabilidade social) ou pela incapacidade de preparar e/ou comprar alimentos.
Conheça os sintomas de desnutrição em idosos
Os sintomas podem variar em cada caso. Afinal, podem haver outros problemas de saúde associados. Conheça a lista dos sinais mais comuns de desnutrição em idosos:
- Perda de peso não intencional, que pode ser visualizada pelas roupas largas e mudanças na aparência;
- Perda de massa muscular, que pode ser percebida pela fraqueza física e diminuição da força;
- Feridas que demoram a cicatrizar ou cicatrizam mal;
- Vertigens e tonturas;
- Confusão mental e problemas de memória;
- Dentes danificados e gengivas inflamadas;
- Inchaço nas extremidades do corpo;
- Pele seca e descamação;
- Irritabilidade e diminuição de apetite;
- Maior frequência de infecções e viroses.
É importante destacar que muitos desses sintomas podem estar relacionados a condições médicas preexistentes. Ou seja, caso você note um ou mais sintomas em alguém, procure avaliação médica.
Como prevenir a desnutrição em idosos?
É fundamental que pessoas na terceira idade tenham acompanhamento clínico adequado. Contudo, familiares e amigos podem ajudar nesses cuidados, garantindo uma alimentação balanceada que inclua a ingestão correta de proteínas, gorduras, carboidratos, vitaminas e minerais.
Com o envelhecimento, é normal que o nosso corpo não absorva os nutrientes com a mesma eficiência que fazia na juventude. Ou seja, a suplementação pode ser fundamental em muitos casos. Por isso, é importante conversar com o médico ou nutricionista para garantir que a alimentação oferecida para a pessoa idosa seja adequada.
Veja quais são os alimentos mais recomendados para evitar a desnutrição em idosos:
- Alimentos ricos em proteínas como carnes magras, ovos, produtos lácteos (leite, iogurte, queijo), leguminosas (feijões, lentilhas, grão-de-bico), tofu e produtos à base de soja e frutos-do-mar;
- Grãos integrais como aveia, quinoa, arroz integral, massas de trigo integral, pães e cereais integrais;
- Frutas e vegetais coloridos como maçãs, bananas, laranjas, espinafre, couve, alface, cenouras, abobrinhas, pimentões;
- Nozes e sementes;
- Produtos lácteos enriquecidos como leite fortificado com vitamina D e cálcio, iogurte enriquecido, queijos e suplementos de cálcio, quando necessário;
- Alimentos enriquecidos com nutrientes essenciais, como cereais matinais fortificados, leite enriquecido e produtos de panificação fortificados;
- Alimentos ricos em gorduras saudáveis como abacate, azeite de oliva, salmão e outros peixes gordurosos ricos em ácidos graxos ômega-3;
- Legumes e tubérculos como batata, batata-doce, cenoura, abóbora e beterraba;
- Alimentos ricos em ferro como carnes vermelhas magras, espinafre, feijão e cereais enriquecidos com ferro;
- Incentivar uma boa hidratação com o consumo de água, chás e sucos naturais;
- Em alguns casos, suplementos nutricionais podem ser recomendados sob orientação nutricional para garantir a ingestão adequada de nutrientes.
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