Veja as respostas para as principais dúvidas sobre dieta enteral​ no Home Care

É quando a ingestão dos alimentos é feita por tubos, sondas ou ostomias (procedimento cirúrgico que exterioriza parte do sistema digestório do corpo). Esse tipo de dieta é indicado por vários motivos, como inapetência alimentar, um comprometimento gastrointestinal provocado por uma doença ou, por exemplo, um comprometimento neurológico que faz com que o paciente não consiga mais se alimentar por via oral.

Sim, ela é 100% completa, principalmente a industrializada, com todas as vitaminas, minerais, proteínas, calorias, etc.

Isso varia. Aqui na Home Doctor, temos um protocolo específico para indicar dieta caseira, em casos em que o paciente é eutrofico, utiliza gastrostomia e não possui nenhuma alteração que necessite de recomendações nutricional proteica ou calórica elevada, como uma lesão por pressão. A dieta caseira tem questões como, por exemplo, causar entupimento na sonda nasoenteral, por isso em casos de paciente em uso de SNE não é indicada. Quando é indicada, damos orientações completas sobre como deve ser o preparo dos alimentos, que precisam ser batidos e peneirados.

O paciente deve ficar elevado a 45 ou 90 graus, nunca totalmente deitado, para evitar o risco de refluxo e broncoaspiração. E ele deve permanecer nessa posição por pelo menos 30 minutos depois de terminar de receber a dieta.

Em temperatura ambiente. Para isso, a quantidade de dieta desejada deve ser retirada da geladeira 30 minutos antes da administração, e o resto deve ser armazenado de volta na geladeira. Depois de aberto, o conteúdo da embalagem geralmente tem validade de 24 horas na geladeira; deve-se seguir a orientação do fabricante nesse sentido. Depois, o alimento pode permanecer em temperatura ambiente por no máximo 4 horas.

Sim, antes e depois da administração da dieta deve-se higienizar a sonda com entre 20 e 40 ml de água.

A primeira orientação é tentar passar de 40 a 50 ml de água morna. Se não desentupir, é preciso acionar a enfermagem com a central da empresa de Home Care.

Sim, normalmente.

A família deve ficar atenta a essas reações. Em casos de diarreia, por exemplo, se a dieta que esta sendo administrada ao paciente conter fibras, ela pode piorar o quadro, então precisa haver uma alteração na composição da dieta utilizada ao paciente nesses casos. Qualquer sintoma gastrointestinal deve ser comunicado à equipe de saúde para que a dieta seja revista.

Sim, pode acontecer da dieta estar sendo administrada em poucas vezes ao dia e então ao aumentar o fracionamento a sensação de fome pode melhorar. Mas, muitas vezes, essa queixa é mais vontade de comer, de mastigar algo, não fome necessariamente. E às vezes o paciente relata que está com sede mas, na verdade, está com a boca seca, então podemos molhar os lábios dele com uma gaze para melhorar o ressecamento.

Não se deve dar nada sem orientação da equipe de saúde. Isso porque sempre é preciso analisar o contexto para entender em que consistência o alimento deve ser oferecido, já que a maioria dos pacientes tem algum tipo de disfagia. Por exemplo, se a pessoa está recebendo uma dieta pastosa e pede um picolé, podemos adaptar o sorvete para um creme para que ele possa comer, mas tem coisa que não tem como adaptar, como uma farofa. Já os líquidos podem precisar ser espessados em casos de consistência adaptada.

Quando é um paciente que ainda pode se alimentar por via oral, podemos adaptar alguns alimentos da preferência dele para proporcionar momentos de prazer.

Também podemos levar em conta o conforto da família: já tivemos um caso pediátrico, por exemplo, em que a mãe queria muito poder fazer uma sopa para o filho. Então, mesmo que ele não tivesse indicação de receber dieta caseira, fizemos uma adaptação para que pelo menos uma vez ao dia ele pudesse receber a sopa. É importante ter esse olhar sensível e personalizado para cada situação.